domingo, março 13, 2005

três trilhões de mini gramas

"_ bom dia, senhora liberdade! fui eu quem te fiz."
é engraçado como depois de todos esses atentados (contra você, contra o sujo, contra o falso, contra o desagradável, contra o pudor, contra a conveniência de certos atos), você ainda me suporta. você vive em mim, como meu sangue. e me sufoca. tento não te prender dentro de mim, oh liberdade. mas você suga o que há de melhor. é pelo seu nome que eu ignoro os gestos espontâneos e os sorriso mais sinceros. é pelo seu nome que eu fujo. é pelo seu nome que eu pratico o desapego. é pelo seu nome que eu converso com as rosas. ah, mas que bobagem... as rosas não falam, elas simplesmente exalam o perfume que roubam de ti, liberdade... ai.
o meu andar é totalmente fora do ritmo, embora a voz, quando entorpecida, seja agradável.
liberdade, volte para a praça.
de onde você nunca devia ter saído.
de onde nós nunca devíamos ter saído.