sexta-feira, fevereiro 25, 2005

apressada

"e então nós estávamos ali dentro do carro dentro da sauna suando sorrindo para os vidros embaçados onde se liam palavras bonitas e engraçadas (ah humor querido humor) que eu escrevi com as pontas dos dedos e vc apagou e escreveu de novo e eu pra te fazer raiva apaguei pela última vez porque as palavras duram para sempre e eu não quero durar para sempre um momento só uma lembrança boa muito boa apenas olha lá aquele gordinho safado espiando a gente olha olha a barriga dele aparece não adianta esconder atrás da árvore bobo você não cabe aí e não sabe que eu vivi perigosamente por três noites (três noites!) e foi bom sempre é bom tudo em você é despretencioso e ai como eu gosto de tudo de vencer quantas guerras forem necessárias para a paz a paz do corpo mas é segredo porque uma coisa é fazer e outra é sentir e eu já sinto o suficiente sem nomes e sem datas e não ligo é saudável principalmente após o dever cumprido exaustivamente com tanto esforço e tanta redundância e tanta petulância e a santa ignorância nós deixamos para o além mas depois eu te ensino a olhar discretamente como eu olho pois do jeito que você observa meu deus é muito perigoso."

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

depois da meia noite (ou como estragar tudo em um segundo)

o encanto vem como música e dança pelo ar
sublime
a brisa suave realça o contorno cálido
macio
não há como se esconder depois da meia noite
vazia
cada palavra sussurrada é levada pelo vento
perdida

porque depois da meia noite... é sempre clichê.

domingo, fevereiro 13, 2005

"antes presa fora da bolha... agora travada fora dela!"

tonta, chora, acorda o palhaço!
pára de fazer bobagem, sossega.
mas sonha, sonha e sonha.
sonha que é bom.

não seja o pivô de brigas.
siga o conselho do caminhoneiro.
chega de ser corrompida pela situação.
e chega de sempre ter uma desculpa na ponta da língua.

onde foi que eu me perdi?
quem é você?
amores vêm.
amores vão(s).

terça-feira, fevereiro 01, 2005

hoje o samba saiu, procurando você. quem te viu, quem te vê!

até pouco tempo atrás, eu era uma banana.
praticamente um vegetal falante.
naquela reuniãozinha, eu não tinha atos corajosos pra contar e, muito menos, situações patéticas e erros constrangedores.

como as coisas mudam...

tiradentes foi ótimo. é até difícil descrever (acho que eu deixei a inspiração cair no ribeirão de águas barrentas).
a pousada parecia a vila do chaves.
os quartos eram mofados.
os banheiros, melhor nem comentar.
mas as companias... poxa.
sensacionais!

cidade marrom e fedorenta.
filmes bacanas.
eu não sei sambar, mas sambei.
brincar de trenzinho é divertido.
ir dormir com o céu claro, também.
mas esquecer de levar blusa de frio não é.
muito menos ficar gripada, rouca e fanhosa.
muitas músicas marcantes.
chocolate quente de verdade.
sanduíche gostoso.
abraços, muitos abraços!
momentos, momentos, momentos.
tensão sexual.
bigornas.
pernas doloridas de tanto dançar.
(mas logo eu, que nem sei?)
vontade de fazer um filme, mesmo sem ter noção nenhuma de como fazer.
a cassia eller voltou do além só pra fazer um show pra gente (muito bom, diga-se de passagem).
o menino de doze anos no palco tocava direitinho.
filme na praça é bom. pena que parecia novela mal feita.

homossexualismo agora é pop.

e minha mãe falou para eu parar de tomar cerveja pois estou ficando barrigudinha.

"... porque tem muito mundo no mundo e eu não quero ficar só aqui."