domingo, setembro 10, 2006

cabidela

eu pensava que as palavras eram minhas.
as palavras eram feitas para mim.
mas o som agora é sempre o mesmo.
não importa quem (h)ouve.

e eu sempre me apaixonava por palavras.
conveniência de palavras mal usadas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre expressei minha paixão.
Acho que ainda me expresso;
talvez toda essa amargura,
através de doces palavras,
como forma de travessura.

Porque afinal,
ainda indeciso,
decidi que prefiro
uma felicidade amarga
que essa doçe tristeza
que me agarra e me contém
*****

As palavras? Nada mais inconveniente que as palavras. Convenientes mesmo, são as vozes miúdas, imaginando não ecoar no vazio, não reverberar no silêncio. Porque as palavras se rasgam, as vozes não se calam.
*****

Anônimo disse...

deixe-me ser leviano - disse o triste cão, atormentado por uma desilusão sua com a lua e ainda preso à sua coleira.