segunda-feira, maio 30, 2005

e eu procurando poesia...

um casal na praça.

uma menina, sem sapatos, vendendo rosas.

_ moço, compra uma flor pra moça?
_ hoje não. fica pra próxima!

silêncio.

cara de desiludida da moça.

_ você não é nem um pouco romântico.

mas então romantismo é isso? comprar flores assim, só porque estão à venda? não, mil vezes não. o romantismo não pode ser institucionalizado. não pode ter manual de instrução. ele precisa de espontaneidade, de impulso, de vontade, de leveza...


olha, é outono! essa folhinha caiu bem aqui, no meu ombro. ficou parada em mim, por uns instantes. como você.
se ela cair no chão, a gente deixa. vai voar de novo e cair em um ombro mais confortável.
mas se ela ficar quietinha, eu te dou de presente!

4 comentários:

Anônimo disse...

que coisa mais lindaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Segredo

A poesia é incomunicável.
Fique torto no seu canto.
Não ame.

Ouço dizer que há tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
É a revolução? o amor?
Não diga nada.

Tudo é possível, só eu impossível.
O mar transborda de peixes.
Há homens que andam no mar
como se andassem na rua.
Não conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da terra
e os homens sacrificados
pedissem perdão.
Não peça.

Carlos Drummond de Andrade

Galeria Murilo Castro disse...

Achava que tava faltando folhinhas por ai.


Mas se você me conta isso, tudo bem. fico mais tranquila.

Anônimo disse...

sonho colorido
o sol dança com a lua
você comigo
*****